Nos dias de hoje, a sala de aula é um ambiente em constante evolução. Por isso, um elemento crucial para o sucesso na sala de aula é a criação de um plano de trabalho docente poderoso.
Neste artigo, exploraremos o que é um plano de trabalho de ensino, os benefícios de usá-lo e como criá-lo de forma eficaz. Boa leitura!
O que é um plano de trabalho docente?
Um plano de trabalho de ensino é um documento que descreve as estratégias e atividades que um professor utilizará para alcançar os objetivos de aprendizado definidos para seus alunos.
É uma ferramenta essencial para guiar o processo de ensino e garantir que as aulas sejam bem estruturadas e eficazes.
Por isso, um plano de trabalho de ensino pode abranger diferentes aspectos, como:
- os tópicos a serem abordados,
- os recursos necessários,
- as metodologias de ensino a serem utilizadas,
- os materiais didáticos e capítulos do livro ou apostila,
- as avaliações a serem aplicadas,
- o peso de cada avaliação,
- as formas de recuperação contínua e paralela etc.
Normalmente, o plano de trabalho docente é exigido no começo do ano pela coordenação pedagógica.
Um professor de primeira viagem vai ter muito trabalho para elaborar o seu primeiro plano de trabalho de ensino, mas, depois de pronto, ele pode usar o mesmo material nos próximos anos.
Então, com um plano modelo em mãos, basta fazer as adaptações necessárias para cada turma ou ano letivo.
Benefícios de usar um plano de trabalho docente
Existem muitos benefícios em utilizar um plano de trabalho docente.
Em primeiro lugar, ele proporciona uma visão clara e organizada das atividades de ensino, permitindo que o professor esteja preparado e saiba exatamente o que será abordado em cada aula.
Além disso, um plano de trabalho docente ajuda a manter o foco nos objetivos de aprendizado, garantindo que o conteúdo seja relevante e alinhado com o currículo.
Também auxilia na identificação de lacunas de conhecimento e na seleção de estratégias adequadas para preenchê-las.
Por fim, um plano de trabalho docente pode ser compartilhado com os alunos e seus responsáveis, criando transparência e promovendo a participação ativa na aprendizagem.
Como fazer um plano de trabalho docente
Um plano de trabalho de ensino eficaz deve conter alguns componentes essenciais. Entenda cada um deles em seguida.
Objetivos de aprendizagem
Em primeiro lugar, é importante definir claramente os objetivos de aprendizado.
Esses objetivos devem ser:
- específicos,
- mensuráveis,
- alcançáveis,
- relevantes
- e com prazo determinado (SMART).
Alguns exemplos são:
- Compreender a anatomia humana até o fim do bimestre;
- A turma ter 70% de aproveitamento no SAEB;
- Assiduidade da tarefa de casa ser de 70% da turma até o fim do primeiro semestre.
Esses são só alguns exemplos, cada professor deve estabelecer os seus de acordo com a matéria que ensina.
Metodologias de ensino
Em seguida, é necessário determinar as estratégias que serão utilizadas para alcançar esses objetivos.
Ou seja, é preciso definir as metodologias.
Serão utilizadas metodologias ativas de aprendizagem? Se sim, quais? Descreva quais estará usando em cada bimestre, por exemplo:
- Gamificação;
- Team based learning;
- Rotação por estações;
- Aprendizagem baseada em projetos etc.
Atividades
Aqui vão as atividades que serão realizadas, como:
- trabalhos,
- tarefas,
- excursões,
- projetos,
- feiras de ciências etc.
Recursos
Nessa parte do plano de trabalho de ensino devem ficar descritos os recursos a serem utilizados, como:
- Projetores ou TV’s;
- Celulares ou tablets da escola;
- Materiais didáticos;
- Paradidáticos que serão utilizados;
- Mapas;
- Isopor, cola, tintas para projetos;
- Jornais;
- Revistas;
- TDIC’s etc.
Avaliações
Essa é uma parte muito importante do plano de trabalho docente: a sistemática de avaliação.
Como os alunos serão avaliados? Quantas avaliações serão? É importante prestar atenção a:
- Avaliação formativa – ou seja, a avaliação constante, com feedbacks sempre;
- Avaliação somativa – a que é feita no final de um período de aprendizado;
- Avaliação diagnóstica – foi feita? Ela deve ser feita logo no começo do período letivo para avaliar os conhecimentos prévios dos alunos.
Lembre-se que existem vários tipos de avaliação, ou seja, não precisa ser uma prova tradicional.
Nesse sentido, é possível avaliar os alunos com:
- Entrega de tarefas;
- Seminários;
- Pesquisas;
- Trabalhos manuais;
- Trabalhos em grupo;
- Projetos;
- Questionários;
- Desempenho em games educativos;
- Participação no AVA da escola e mais.
Feedback
Além disso, é importante considerar a diferenciação e o suporte individualizado para os alunos, adaptando o plano de trabalho de ensino às necessidades e habilidades de cada um.
Uma forma de fazer isso é através dos feedbacks.
Por isso é importante descrever como esses feedbacks serão feitos, especialmente para não ter problema com os pais.
Cronograma
É claro, um cronograma deve fazer parte do seu plano de trabalho docente.
O cronograma normalmente é Bimestral e está atrelado aos capítulos do material didático a serem trabalhados.
Como coletar dados para o seu plano de trabalho docente
A coleta de dados é um passo fundamental para a criação de um plano de trabalho docente eficaz.
Para isso, existem várias maneiras de coletar dados relevantes para embasar o planejamento das aulas. Veja algumas delas em seguida:
Avaliação diagnóstica
Uma opção é realizar avaliações diagnósticas para identificar o nível de conhecimento dos alunos em relação aos objetivos de aprendizado.
Isso pode ser feito por meio de testes, questionários ou observação direta.
Ou seja, não é preciso necessariamente esperar a avaliação diagnóstica preparada pela escola, é possível facilmente aplicar usando recursos tecnológicos.
Por exemplo, se você utilizar o Quizziz, por exemplo, consegue fazer uma avaliação diagnóstica bem rápida e divertida para os alunos.
Através dos resultados, é possível ver o que focar e ser trabalhado ao longo do ano letivo.
O problema disso é que é preciso coletar os dados primeiro, por isso a coordenação precisa dar um prazo maior para que os professores entreguem os seus planos de trabalho docente.
Histórico escolar dos alunos
Outra forma é analisar os relatórios escolares dos anos anteriores e os históricos dos alunos.
É claro, isso é algo bem trabalhoso e leva tempo, mas é uma boa forma de ver as dificuldades em comum das turmas.
Learning Analytics
Contar com Learining Analytics é utilizar os dados fornecidos pelos aplicativos educacionais utilizados pela escola.
No TutorMundi, por exemplo, os docentes tem acesso a relatórios pedagógicos que mostram:
- As matérias mais requisitadas;
- Os tópicos que os alunos tem mais dúvidas;
- O entendimento teórico dos estudantes;
- O conhecimento prático;
- A participação e usabilidade;
- Tópicos de interesse e mais.
Além disso, é importante levar em consideração a opinião dos alunos e seus responsáveis, por meio de pesquisas de satisfação ou feedback verbal.
Recursos para criar um plano de trabalho docente
Criar um plano de trabalho de ensino pode parecer uma tarefa desafiadora, mas há recursos disponíveis que podem facilitar o processo.
Uma opção é utilizar modelos de planos de trabalho de ensino prontos, que fornecem uma estrutura e diretrizes para seguir.
Algumas escolas podem ter portais de educação que tem o modelo pronto para que o professor preencha.
Entretanto, o mais comum é que a escola mesmo passe um modelo para os professores. Dessa forma, os planos de ensino docente ficam todos padronizados.
Plano de trabalho docente pronto
Para auxiliar na criação do seu plano de trabalho de ensino, inspire-se com esse plano de trabalho docente pronto da matéria de redação para uma turma de terceiro ano do ensino médio.
Com base nos conteúdos estabelecidos para cada bimestre e nos elementos essenciais de um plano de trabalho docente, podemos montar o seguinte plano:
Terceiro Ano do Ensino Médio – Plano de Trabalho Docente
Objetivos de Aprendizagem
Primeiro Bimestre:
- Os alunos deverão ser capazes de interpretar o tema proposto em uma redação.
- Desenvolver habilidades de planejamento e introdução de redações.
Segundo Bimestre:
- Dominar a estrutura do parágrafo argumentativo.
- Aprender estratégias argumentativas e o uso adequado de conectivos.
Terceiro Bimestre:
- Concluir redações de forma eficaz.
- Utilizar repertório sociocultural de maneira adequada em redações.
- Produzir uma redação modelo ENEM.
Quarto Bimestre:
- Explorar outros modelos de redação além do ENEM.
- Praticar redações voltadas para vestibulares específicos.
Metodologias de Ensino:
- Utilização de brainstorming para interpretação de temas.
- Modelagem de redações em conjunto com os alunos.
- Discussões em grupo sobre estratégias de introdução.
- Rotação por estações para de construção de parágrafos argumentativos.
- Debate dirigido para explorar diferentes estratégias argumentativas.
- Gamificação para preenchimento de lacunas com conectivos adequados.
- Peer instruction para conclusão de redações.
- Análise de textos e debates sobre o uso de repertório sociocultural.
- Simulações de prova ENEM com correção e discussão em grupo.
- Apresentação e análise de modelos de redação de vestibulares.
- Prática intensiva de escrita com foco nos vestibulares selecionados pelos alunos.
Além disso, é claro, o quanto cada elemento deve ser descrito depende das exigências da escola. Vale lembrar que se ele será lido por pais, deve ter explicações acessíveis.
Atividades:
- Simulações de temas de redação.
- Desenvolvimento de redações em sala de aula.
- Discussões em grupo sobre estratégias de escrita.
- Rotação por estações;
- Recapitulações com gamificação.
- Análise e correção de redações modelo.
- Participação em debates temáticos.
- Realização de exercícios práticos de escrita.
Recursos:
- Quadro branco ou tela para projeção.
- Projetor ou TV para apresentações.
- Materiais didáticos de apoio.
- Computadores ou tablets para pesquisa e produção textual.
- Acesso a internet para pesquisa e consulta.
- Avaliações formativas regulares através da gamificação para acompanhamento do progresso dos alunos.
Avaliações:
- Avaliação formativa através de acompanhamento contínuo das atividades em sala de aula.
- Avaliações somativas ao final de cada bimestre, incluindo redações e provas específicas.
- Avaliações diagnósticas no início de cada bimestre através da gamificação.
Feedback:
- Feedback individualizado após correção de redações e atividades.
- Feedback em grupo durante discussões e análises de textos.
- Disponibilidade para esclarecimento de dúvidas e orientações individuais.
Cronograma:
- Primeiro Bimestre: Fevereiro e Março
- Segundo Bimestre: Abril a Junho
- Terceiro Bimestre: Agosto a Outubro
- Quarto Bimestre: Setembro a Novembro
Vale lembrar que um plano de ensino docente costuma ser bem maior, com muitos mais detalhes de acordo com o que a escola solicita. Este plano de ensino docente pronto é apenas um exemplo.
Conclusão
A criação de um plano de trabalho de ensino poderoso é fundamental para desbloquear o sucesso na sala de aula.
Ele proporciona uma estrutura clara e organizada para guiar o processo de ensino, garantindo que os alunos atinjam os objetivos de aprendizado de forma eficaz.
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