Desenvolver um programa de aprendizagem inovador é um desafio que cai sobre por muitas instituições de ensino no Brasil há alguns anos.
Um dos primeiros passos para entender como pode ser bem-sucedido é conhecendo experiências positivas da aplicação do ensino híbrido na prática, e ouvir dos professores como esse processo acontece.
Pensando nisso, o TutorMundi convidou Alexsandro Sunaga, Co-autor do Livro Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação, para apresentar relatos de escolas no Brasil que utilizam modelos de ensino híbrido.
Então, esse levantamento originou o ebook “Ensino híbrido na prática – relatos de casos”. No ebook, Sunaga traz depoimentos de educadores de escolas públicas e particulares e suas observações sobre estratégias e ferramentas.
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Que tal entender os pontos positivos e negativos do seu modelo atual?
Despertando a curiosidade
Sunaga apresenta relatos de professores que utilizaram modelos de ensino híbrido integrados a objetivos específicos de cada disciplina.
Esse foi o caso da professora de português Fabiane Nishimuta, do Colégio Objetivo, em Sorocaba, que utilizou o modelo de sala de aula invertida para promover um maior engajamento dos alunos com a leitura.
Assim, para despertar a curiosidade do que seria lido no bimestre, a professora utilizou trechos de filme e jogos para aproximar os jovens do assunto antes do contato com o livro.
As atividades pedagógicas foram realizadas através da plataforma Flipgrid, na qual Fabiane montou tarefas que foram realizadas ao longo da disciplina.
“Além de conhecer uma nova obra e adquirir todos os benefícios da leitura, também se oportunizou a expressão virtual e o desenvolvimento de habilidades envoltas da tecnologia.”, conta Fabiane Nishimuta.
Ensino Híbrido na prática do Educação Infantil
Os relatos expostos no ebook mostram a aplicação de metodologias híbridas de ensino em toda a Educação Básica. O exemplo da professora Ana Paula da Rocha, da rede municipal de Salto Grande – SP, mostra como utilizar a rotação por estações e a rotação individual na educação infantil.
Então, o primeiro desafio foi a falta de acesso à tecnologia, que levou a professora a gerenciar as rotações na sala de aula de forma experimental, com jogos pedagógicos e atividades tradicionais.
Dessa forma, com a ajuda da professora de informática da escola, o planejamento das aulas híbridas começou. A parceria tirou as dúvidas sobre as ferramentas adequadas para as competências a serem desenvolvidas, o que cada estação tinha que ter e quantas estações funcionariam para o 1º ano.
Como consequência, rapidamente as aulas híbridas se tornaram muito desejadas pelos alunos, que viam o momento de aprendizado como diversão. Conseguiram um avanço significativo na aquisição do sistema de escrita alfabética, na leitura, na reflexão e na compreensão da construção do número, que era o foco atencional para a turma do 1º ano.
Como dica, a professora Ana Paula da Rocha enfatiza a necessidade de experimentar as possibilidades que estão em suas mãos.
“Se não houver a tecnologia disponibilizada para a sala de aula regular, podemos usar nosso próprio smartphones, adaptar o material, criar com material não estruturado, usar apostilas e dar mais autonomia para os alunos poderem contribuir uns com os outros. Dispor a organização da sala em layouts diferentes traz uma novidade para a sala e quebra a mesmice tradicional.”
O papel da gestão escolar na adoção do Ensino Híbrido
O trabalho conjunto da escola é essencial na adoção de modelos de ensino inovadores.
Se há trabalho em equipe, há melhora em:
- a qualidade,
- o desenvolvimento do protagonismo
- o desenvolvimento da autonomia do aluno,
- o posicionamento do aluno no centro do processo educacional.
No ebook, Sunaga traz o relato da diretora Mary Cristina de Lima Mendes, da Escola Municipal professora Coraly de Souza Freire, em Salto Grande – SP.
Desde que assumiu o cargo, Mary incentivou o uso da tecnologia pelos professores e conseguiu alcançar excelentes resultados no avanço do IDEB e na equidade.
“A maioria dos professores aceitou o novo desafio, entretanto houve aqueles que não manifestaram o mínimo de interesse e ainda tentaram boicotar o projeto.
Contudo, esses percalços foram superados com o passar dos dias e até aqueles que desacreditaram o projeto puderam ver que de fato ele funcionava”, conta sobre o início das mudanças, no ano de 2014.
Dois anos após, Mary deixou a direção para voltar a lecionar, e conta no e-book algumas de suas atividades que utilizaram o ensino híbrido na prática educacional.
Este post é um recorte do que você vai encontrar no ebook “Ensino híbrido na prática – relatos de casos”. Baixe-o agora mesmo e conheça histórias de sucesso que levam o ensino híbrido para a realidade da sala de aula!