O mundo educacional passa por transformações significativas com o avanço das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs). Nesse contexto surge o conectivismo.
Ele é uma teoria de aprendizagem para compreender como as pessoas aprendem na era digital.
Essa abordagem reconhece que o conhecimento não está mais limitado a ambientes tradicionais de ensino, mas distribuído através de redes digitais e conexões.
Por isso, preparamos este artigo completo para você! Boa leitura.
O que é o Conectivismo?
O Conectivismo é uma teoria de aprendizagem inovadora sesenvolvida por George Siemens, focando em como o conhecimento é construído e compartilhado na era digital.
Esta abordagem reconhece que a aprendizagem não é mais uma atividade puramente interna e individualista, mas ocorre em uma rede de relações.
Os princípios fundamentais do conectivismo incluem:
- A aprendizagem e o conhecimento dependem da diversidade de opiniões;
- O processo de aprendizagem ocorre através da conexão de nós especializados;
- O conhecimento pode residir em dispositivos não humanos;
- A capacidade de estabelecer conexões é uma habilidade fundamental;
- A atualização constante é essencial para o conhecimento.
Diferenças em relação a outras teorias de aprendizagem
O Conectivismo se diferencia das teorias tradicionais ao abordar os desafios específicos da era digital.
Enquanto o behaviorismo, cognitivismo e construtivismo não contemplam os desafios do conhecimento e transferência organizacionais, o Conectivismo reconhece que as mudanças na sociedade da era digital são fatores determinantes para alterações nos ambientes instrucionais.
Isso também tem a ver com ela ser uma teoria mais moderna, já que as outras foram desenvolvidas em um período em que a conectividade atual não era nem imaginada.
As bases do conhecimento conectivo
A base fundamental do conhecimento na era digital reside na compreensão de como a informação se distribui e flui através das redes de conexões.
Além disso, a tecnologia desempenha um papel central no conectivismo, sendo considerada parte integrante do processo cognitivo.
O conhecimento, antes considerado estático e centralizado, agora se apresenta como um elemento dinâmico e distribuído em múltiplas fontes e conexões.
Assim, o conectivismo fornece uma percepção das habilidades necessárias para os aprendizes prosperarem na era digital, reconhecendo que o modo como as pessoas trabalham e funcionam é alterado fundamentalmente quando se utilizam novas ferramentas tecnológicas.
Conhecimento distribuído em redes
O conhecimento, na perspectiva conectivista, não é um produto acabado, mas um corpo de saberes em constante modificação, distribuído por uma rede de conexões.
Essa rede, na concepção de Siemens, representa o espaço em que ocorrem as múltiplas conexões, sendo cada indivíduo um “nó” que serve como link para novos conhecimentos.
As redes de conhecimento apresentam características essenciais:
- Promovem a criação de comunidades de aprendizagem;
- Facilitam o compartilhamento informal de informações;
- Permitem a validação coletiva do conhecimento;
- Possibilitam a atualização constante das informações.
Ou seja, na perspectiva conectivista, o conhecimento não se concentra em um único ponto ou fonte, mas distribui-se através de uma rede de informações que pode ser armazenada em diversos formatos digitais.
Importância das conexões
As conexões estabelecidas nas redes de aprendizagem são fundamentais para o processo de construção do conhecimento.
Essas conexões funcionam como fontes de dados tanto para o indivíduo quanto para aqueles a ele conectados.
A capacidade de estabelecer e manter conexões torna-se uma habilidade crucial para a aprendizagem contínua.
O processo de conexão entre diferentes áreas do conhecimento permite que os aprendizes desenvolvam uma compreensão mais ampla e contextualizada.
A teoria conectivista enfatiza que a aprendizagem está internalizada no indivíduo, mas precisa ser acionada por fontes de conhecimento que podem residir tanto em outros indivíduos quanto em dispositivos não humanos.
Alguns desses dispositivos são:
- TDIC’s;
- Games;
- Vídeos;
- Filmes, séries, animes;
- Redes sociais;
- Livros, novels, HQ’s, webcomics etc.
Adaptabilidade e fluidez do conhecimento
A natureza do conhecimento na era digital é caracterizada por sua fluidez e adaptabilidade.
O conhecimento não é mais um produto acabado, mas um processo em constante evolução que se modifica à medida que novas conexões são estabelecidas.
Esta característica exige dos aprendizes uma postura mais dinâmica e adaptativa.
Assim, a aprendizagem ocorre em ambientes nebulosos em que os elementos centrais estão em constante mudança.
Por exemplo, um software de hoje pode se tornar absoleto amanhã, um aparelho de hoje se torna dispensável amanhã, como leitores de CD, que muitos computadores nem possuem mais.
Com isso, essa realidade demanda que os aprendizes desenvolvam a capacidade de:
- Reconhecer padrões emergentes;
- Avaliar a relevância das informações;
- Adaptar-se a novos contextos de aprendizagem;
- Manter conexões significativas para facilitar a aprendizagem contínua.
Dessa forma, os ambientes pessoais de aprendizagem ganham destaque neste contexto, pois cada pessoa trilha um caminho único no mundo virtual.
Isso é potencializado, ainda mais, pelos algoritmos e pela imensa diversidade de informação disponível na internet.
Implicações para a educação do futuro
As transformações tecnológicas na sociedade contemporânea estão redefinindo fundamentalmente os paradigmas educacionais, exigindo uma nova compreensão sobre como o processo de ensino-aprendizagem deve ser estruturado para o futuro.
O conectivismo está transformando drasticamente os papéis tradicionais na educação.
Isso porque professor deixa de ser o detentor exclusivo do conhecimento para se tornar um facilitador de conexões, enquanto o aluno assume o protagonismo de sua própria aprendizagem.
Esta mudança fundamental reconhece que o aprendizado não pode mais ser interno ou individual.
Os novos papéis educacionais exigem o desenvolvimento de competências específicas:
- Pensamento crítico e resolução de problemas;
- Inteligência emocional e liderança;
- Colaboração e trabalho em equipe;
- Capacidade de adaptação rápida;
- Habilidade para estabelecer conexões significativas.
Novas ecologias de aprendizagem
Uma ecologia de aprendizagem representa um ambiente que promove e suporta a criação de comunidades, sendo compatível com a forma natural como as pessoas aprendem.
Este conceito reconhece que o aprendizado transcende as estruturas físicas da sala de aula, expandindo-se para o espaço virtual.
Nesse contexto, o uso de ferramentas digitais na educação ganha mais espaço, como:
- Ambiente Virtual de Aprendizagem;
- Games;
- Jogos educacionais;
- Formulários online;
- Realidade aumentada;
- Redes sociais etc.
Consequentemente, metodologias que utilizam esses recursos serão mais bem-vindas, a exemplo de:
- Ensino híbrido;
- Rotação por estações;
- Gamificação;
- Sala de aula invertida etc.
Aprendizagem contínua e ao longo da vida
A educação do futuro demanda uma mudança fundamental na compreensão do tempo de aprendizagem.
As instituições educativas precisam abandonar a visão da aprendizagem como algo que possui um início e fim determinados, reconhecendo sua natureza fluida e contínua.
O processo de aprendizagem na era conectivista é caracterizado pela constante atualização e adaptação.
A capacidade de aprender continuamente e adaptar-se a novas informações e situações torna-se mais importante do que o conhecimento atual.
Esta mudança de paradigma exige que as instituições educacionais desenvolvam estruturas mais flexíveis e adaptáveis, capazes de acompanhar as rápidas mudanças no mercado de trabalho e na sociedade.
Ferramentas digitais na educação
As ferramentas digitais têm revolucionado o panorama educacional, oferecendo novas possibilidades para implementar os princípios do conectivismo na prática pedagógica.
Estas tecnologias não apenas facilitam o processo de aprendizagem, mas também criam ecossistemas educacionais mais dinâmicos e interconectados.
Quizziz
O Quizziz emerge como uma ferramenta digital que exemplifica a aplicação prática dos princípios conectivistas na educação, pois:
- Promove engajamento ativo dos estudantes;
- Permite feedback imediato;
- Facilita a personalização do aprendizado;
- Possibilita a avaliação contínua do progresso.
TutorMundi e o Conectivismo
O TutorMundi representa uma evolução significativa na aplicação dos princípios conectivistas, criando uma rede de conhecimento distribuído que conecta estudantes a tutores qualificados.
A plataforma opera todo o dia, oferecendo suporte pedagógico instantâneo, exemplificando como as conexões podem facilitar o aprendizado contínuo.
- 82% dos educadores confirmam impacto positivo no aprendizado dos alunos;
- 78% relatam maior facilidade dos alunos na resolução de questões;
- 75% observam benefícios específicos para alunos com lacunas de aprendizagem.
A plataforma demonstra eficiência notável no estabelecimento de conexões, com 90% das questões encontrando tutores em menos de cinco minutos.
O modelo de funcionamento do TutorMundi alinha-se perfeitamente com os princípios do conectivismo ao:
- Criar redes de conhecimento distribuído;
- Facilitar conexões entre aprendizes e especialistas;
- Promover aprendizagem adaptativa e personalizada;
- Fornecer suporte em tempo real;
- Gerar dados sobre padrões de aprendizagem.
O impacto do TutorMundi estende-se além do suporte acadêmico imediato.
As escolas utilizam os dados gerados pela plataforma para identificar padrões de aprendizagem, áreas de dificuldade comum e adaptar suas estratégias pedagógicas.
Esta abordagem baseada em dados exemplifica como as ferramentas digitais podem contribuir para uma compreensão mais profunda do processo de aprendizagem.
A integração destas ferramentas digitais no ambiente educacional representa mais que uma simples modernização tecnológica; ela materializa os princípios fundamentais do conectivismo.
Conclusão
O Conectivismo emerge como uma teoria educacional essencial que reflete as mudanças profundas na sociedade digital contemporânea.
Esta abordagem revoluciona nossa compreensão sobre aprendizagem ao reconhecer que o conhecimento não reside apenas em indivíduos ou instituições, mas distribui-se através de redes complexas de conexões.
As transformações nos papéis tradicionais de professores e alunos demonstram como esta teoria responde às necessidades educacionais do século XXI, promovendo uma aprendizagem mais dinâmica e adaptativa.
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Referências
[1] – https://revista.uemg.br/index.php/sps/article/download/3433/pdf/11067
[2] – https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4707921/mod_book/chapter/22032/Siemens.pdf
[3] – https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/download/1583/1373
[4] – https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/1583
[5] – https://josemota.pt/aprendernarede/parte2/capitulo4/4-2-conectivismo-uma-teoria-da-aprendizagem/
[6] – https://pt.linkedin.com/pulse/20141018224020-53559199-conectivismo
[7] – https://www.geekie.com.br/conectivismo-aprender-melhor/
[8] – https://mitsloanreview.com.br/a-nova-era-da-educacao/
[9] – https://uninove.emnuvens.com.br/dialogia/article/download/24016/10165/108753
[10] – https://pt.quizur.com/trivia/quiz-como-ferramenta-de-ensino-OkMD
[11] – https://www.projetodraft.com/o-tutormundi-conecta-jovens-a-universitarios-para-tirar-duvidas-via-chat-ou-ao-vivo/
[12] – https://tutormundi.com/