Seus alunos têm dificuldades de aprendizagem e você não sabe por onde implementar melhorias? 

Conheça mais sobre estratégias e 5 teóricos da educação e se inspire para mudar a realidade de ensino da sua instituição. Boa leitura!

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O que é aprendizagem?

Aprendizagem é o nome dado ao processo de aquisição de novos conhecimentos. Quando você começa a fazer algo que não sabia antes, aplica algo novo ou trabalha com uma informação nova, significa que passou por um processo de aprendizagem.

As escolas tem a função de melhorar a aprendizagem dos alunos não só dos conteúdos necessários da BNCC, mas também da vida no geral.

Entretanto, atualmente, os estudantes enfrentam dificuldade de aprendizagem na escola devido às mudanças na sociedade.

As escolas antigas e as atuais 

O surgimento da escola com divisão de salas e séries, e o professor ditando o que os alunos devem fazer tem a sua origem no século 12 d.C na Europa medieval, mantendo o conhecimento restrito aos membros da Igreja e a poucos nobres adultos. 

Por muito tempo, esse ensino foi eficaz e de certa forma cumpriu com os objetivos propostos pela época, sendo uma das marcas das escolas antigas.

Todavia, o mundo mudou muito nos últimos 9 séculos com o surgimento e desenvolvimento dos bancos, imprensa, carros, aviões, rádio, televisão, internet, celular em uma velocidade alta e a educação precisa acompanhar essa mudança.

Embora, ao analisar as escolas antigas e compará-las com as atuais, percebe-se que, na maioria das escolas, não há grandes mudanças.

As estruturas das salas permanecem as mesmas: o professor continua sendo a autoridade detentora do conhecimento, transmitindo informações de forma homogênea para os alunos que se sentam em fileiras e aprendem as matérias da mesma forma, independente das suas necessidades pessoais.

Imagem comparando a semelhança no modelo de aprendizagem entre as escolas antigas e atuais. À esquerda em preto e branco várias crianças sentadas em fileiras olhando para o professor. À direita a mesma cena, mas em cores e com roupas modernas.

O problema educacional

Por mais que o significado da escola venha do grego ‘scholé’, que significa lugar do ócio, espaço para reflexão, o que mais temos visto hoje é a cobrança por resultados e aprendizados dos alunos considerando que todos eles sejam uma massa uniforme de pessoas que aprendem da mesma forma.

A questão é que esse problema já foi identificado e as suas consequências são percebidas de uma forma cada vez maior, não importando se o cenário da escola é público ou privado. 

Mesmo quando analisamos apenas escolas particulares em áreas urbanas, existe um percentual considerável de alunos que estudam em séries avançadas sem ter o conhecimento básico de séries anteriores em diversas matérias, com destaque para as principais: Português e Matemática. 

Muito disso ocorre porque um professor não tem condições de atender individualmente todos os alunos de uma sala de aula, elaborar provas, corrigir provas, fazer um plano de aula, dar aulas e conseguir atender igualmente todos os alunos, tirando todas as dúvidas.

Nativos digitais

Além disso, os alunos hoje são chamados nativos digitais, ou seja, eles já nascem conectados, sabem utilizar as tecnologias de informação e comunicação e conseguem realizar várias tarefas ao mesmo tempo.

Pedir que um aluno como esse fique sentado por várias horas seguidas apenas prestando atenção e realizando atividades passivas só leva a uma coisa: indisciplina e desinteresse.

Essa geração busca, cada vez mais, uma aprendizagem significativa. Eles querem entender como de fato isso será relevante na vida deles. Por isso, o significado sempre deve ser trabalhado.

Alunos desinteressados: a consequência de um ensino não contextualizado

Como o ensino ocorre da mesma forma que antigamente, mas com os agravantes de:

A dificuldade para ensinar se torna ainda maior, bem como a dificuldade de aprendizagem o que faz com que os alunos percam o interesse nos estudos e, consequentemente, não concluam seus estudos gerando evasão escolar.

Os estudantes ficam desmotivados e desinteressados porque não têm seu ritmo, modo e ideias respeitadas. Afinal, eles são apenas tratados com um “depósito de conteúdos”.

Por isso, um ensino contextualizado é um dos principais caminhos para tornar os alunos motivados.

Como melhorar o processo de aprendizagem dos alunos?

Para melhorar o engajamento e o ensino dos alunos atuais, é preciso criar escolas inovadoras. Deve haver inovação na educação ao utilizar métodos de ensino contextualizados.

Veja abaixo alguns deles que você pode aplicar em sua escola agora mesmo.

Personalização do ensino

O conceito de personalização do ensino consiste em uma educação adaptada, por isso é chamado também de ensino adaptativo.

Neste modelo, o aluno é colocado no centro do processo de ensino-aprendizagem, tornando-se o protagonista da sua vida escolar e responsável pelo seu ensino.

O aluno aprende da forma que é mais efetiva para ele, no ritmo dele e, dependendo, começando pelos assuntos que ele mais gosta e focando em suas necessidades. É chamado adaptativo justamente por isso.

Neste modelo, um ensino massificado não tem espaço, cada aluno aprende de forma única e por isso pode ter um ensino mais individualizado.

Uma empresa que foca em auxiliar no fornecimento desse ensino personalizado é o TutorMundi, em que tutores das melhores universidades do Brasil tiram as dúvidas do aluno de forma individual sempre que elas surgirem.

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Aprendizagem criativa

O modelo de aprendizagem criativa, como o nome já diz, foca na criatividade dos estudantes.

Dessa forma, o foco da aula deixa de ser meramente a absorção de conteúdos e se torna o que o aluno consegue criar utilizando esse conhecimento adquirido.

O estudante explora suas capacidades criativas e desenvolve arte, projetos, ideias aprendendo enquanto, de fato, aplica o conhecimento.

Aprendizagem significativa

A aprendizagem significativa é uma abordagem educacional proposta por David Ausubel que enfatiza a compreensão profunda e a integração de novos conhecimentos com o conhecimento prévio dos alunos.

Ao contrário da aprendizagem mecânica, em que informações são memorizadas sem contexto, a aprendizagem significativa ocorre quando os alunos conectam novos conceitos a ideias e experiências já existentes, promovendo um entendimento mais completo e duradouro.

Aprendizagem colaborativa

Na aprendizagem colaborativa, o aluno é estimulado a trabalhar em grupo ou em dupla, focando sempre na colaboração para alcançar o conhecimento.

Metodologias ativas que envolvem colaboração são excelentes formas de aplicar esse modelo de aprendizagem, como:

Aprendizagem Ativa

A aprendizagem ativa é uma abordagem educacional que coloca os alunos no centro do processo de aprendizado, incentivando-os a participar ativamente em atividades que promovam a análise, a síntese e a avaliação do conteúdo.

Assim, em vez de serem receptores passivos de informações, os alunos são incentivados a engajar-se de forma dinâmica através de:

Essa estratégia é interessante pois traz os seguintes benefícios:

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A importância de escolas inovadoras

Escolas inovadoras não só aplicam ideias de ensino mais contextualizado como as acima apenas de vez em quando para tirar fotos e apresentarem aos pais, elas realmente acreditam na inovação.

Tais escolas aplicam uma educação mais humanizada todos os dias, elas capacitam os professores para lidar com essa educação diferente da tradicional e trabalham projetos que coloquem os alunos como protagonistas do processo de ensino-aprendizagem.

Ter um Ambiente Virtual de Aprendizagem por si só não faz a escola inovadora, mas sim utilizado e incorporá-lo em sua prática para tornar a educação mais eficiente.

Escolas como essas são importantes para:

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5 Teóricos da educação para se inspirar

Veja 5 conceitos elaborados por pensadores da educação sobre caminhos que são possíveis para contornar o problema da aprendizagem nas escolas:

Paulo Freire: aprendizado conjunto

Paulo Freire (1921-1997), um dos mais célebre educadores brasileiros, que já foi homenageado e usado como referência teórica em diversas escolas pelo Brasil e pelo mundo, propôs que as instituições educacionais deveriam buscar o aprendizado em conjunto

Para ele existe uma crítica no ensinar como transmitir o saber, porque nós, como seres humanos, somos sempre seres incompletos, e o professor é o agente que vai possibilitar que haja a criação e a produção do conhecimento. 

Todo aluno pode e deve ter condições facilitadas pelo professor para que haja um autoaprendizado.

Várias escolas tiveram sucesso com o seu modelo, inclusive fora do Brasil, como a Revere High School, escola pública que se localiza na cidade de Revere em Massachussets, nos EUA.

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Com o processo de aprendizagem conjunto o ensino acontece em uma via de mão dupla, o aluno aprende com o professor e vice-versa.

Além disso o aluno é estimulado pela curiosidade a ter autonomia para buscar o conhecimento em assuntos que não sabe ou não domina.

Pestalozzi: aprendizagem pela afetividade

Johann Pestalozzi (1746-1827) foi um pensador suíço fortemente influenciado pelas ideias de Jean Jacque Rousseau, criando um modelo educacional que levava em conta outros aspectos – além dos cognitivos no processo de aprendizagem – como os físicos e emocionais. 

De acordo com ele, os sentimentos poderiam despertar o aprendizado autônomo na criança e no jovem, principalmente estimulados pela afetividade.

A escola idealizada por ele deveria se inspirar no ambiente familiar de segurança e afeto, trazendo essa perspectiva para dentro da sala de aula, transformando-se em uma extensão do lar. 

Várias escolas usam sua abordagem desde que ele propôs a sua metodologia, e alguns de seus conceitos estão presentes em diversas instituições, como as aulas-passeio, mais conhecidas como trabalhos de campo ou excursões.

A afetividade é um pilar essencial no aprendizado dos alunos e o professor, que geralmente costuma lecionar por 50 minutos para cada turma, não tem o tempo necessário para dar atenção individualizada para cada estudante. 

No app do TutorMundi os alunos tem o apoio de universitários que passaram por dificuldades de aprendizagem parecidas e agora podem ensinar para eles falando a mesma linguagem. 

As relações de aprendizagem ganham um nível de confiança e amizade entre tutor e aluno que ajudam na superação de barreiras de ensino das matérias.

Célestin Freinet: ensino com base no interesse dos alunos

O francês Célestin Freinet (1896-1966) foi ferido na Primeira Guerra Mundial, o que causou um problema em seus pulmões que dificultava a sua fala e o impedia de dar aulas da forma tradicional em sua época. 

Para superar esse desafio, ele buscou maneiras de ensinar que não dependessem exclusivamente da transmissão de conhecimento do professor.

Para ele a escola é um lugar de experimentação, em que o aluno pode cometer falhas e aprender com elas.

Ele defendia que os alunos deveriam ir em busca do conhecimento além da sala de aula, que buscassem frequentar bibliotecas, que pudessem juntar a teoria com a prática por meio de formulação de hipóteses e testes. 

Ele defendia que o professor não possuía posição de autoridade em relação ao aluno, colocando-o na mesma posição que o estudante numa relação de camaradagem e facilitação do ensino.

Há muitos anos os alunos buscam aprender sobre as matérias além da sala de aula, seja buscando por respostas no Google, seja assistindo vídeos no Youtube ou perguntando para amigos.

Bloom: aprendizagem em etapas

Benjamim S. Bloom criou a taxonomia dos objetivos educacionais, ou seja, ele dividiu os objetivos da educação em grupos para que o processo de ensino-aprendizado fosse mais efetivo.

Para ele, o conhecimento envolve um processo, em que o estudante:

Recentemente um grupo de teóricos atualizou esse caminho que Bloom teorizou, mas esse sistema ainda é muito utilizado inclusive na elaboração de provas e avaliações.

Glasser: a pirâmide da aprendizagem

A pirâmide da aprendizagem é uma teoria de Willian Glasser que, parecido com esse caminho de Bloom, existem níveis no ensino e cada um deles permite que você aprenda mais ou menos a depender do ponto em que você está na pirâmide.

Ele divide o ensino em atividades passivas e ativas.

Ler, ouvir, ver ou ver e escutar ao mesmo tempo são atividades consideradas passivas.

Por outro lado, conversar, perguntar, repetir, enumerar já é algo mais ativo que permite 70% de retenção do conteúdo. Escrever, interpretar e revisar seriam 80% e explicar e ilustrar seria 95%.

Essa teoria se encaixa bem no uso de metodologias ativas de aprendizagem, em que o aluno participa colocando a “mão na massa” de fato.

Pirâmide de aprendizagem de glasser, com:
Leitura 10%
Escutar 20%
ver 30%
ver e escutar 50%
Conversar 70%
Escrever 80%
Explicar e resumir 95%

Orientação de estudos

A orientação de estudos potencializa a aprendizagem ao fornecer aos alunos suporte personalizado e estratégias eficazes para abordar o conteúdo educacional.

Isso porque tutores ajudam os alunos a desenvolver habilidades de gestão do tempo, técnicas de estudo e hábitos de aprendizado que são essenciais para o sucesso acadêmico.

Além disso, eles também oferecem feedback específico, identificam áreas de dificuldade e fornecem recursos adicionais, permitindo que os alunos abordem seus desafios de forma mais eficaz.

Esse acompanhamento individualizado não só melhora a compreensão do material, mas também aumenta a motivação e a autoconfiança, criando um ambiente de aprendizado mais produtivo e engajado.

Conclusão

Os educadores deixaram um legado importante para as próximas gerações sobre como contornar as barreiras geradas pela homogeneização do aprendizado dos alunos.

Agora o papel das escolas é a elaboração de um plano de ação para melhorarem o ambiente de ensino para o desenvolvimento individual de cada estudante para que ele atinja seu máximo potencial.

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