Você provavelmente já se deu conta de que nem todas as pessoas aprendem da mesma forma ou no mesmo ritmo. Foi a partir dessa observação que surgiu uma das principais teorias da educação moderna: a pirâmide da aprendizagem.
De acordo com essa teoria, o nosso nível de retenção de conhecimento é mais elevado quando estamos realizando atividades que estimulam a participação e o protagonismo, enquanto em atividades passivas nosso aprendizado é menor.
A pirâmide da aprendizagem serviu de base para muitas inovações na educação, como as metodologias ativas, que buscam abordagens diferentes para o processo de ensino-aprendizagem.
Neste artigo, vamos entender como a pirâmide funciona, a relação dela com as metodologias ativas e quais são as suas principais contribuições para a educação. Boa leitura!
O que é a Pirâmide da Aprendizagem?
A pirâmide da aprendizagem, também conhecida como “cone da aprendizagem”, é um modelo gráfico que representa o potencial de absorção de conhecimento que cada modalidade de estudo oferece.
O modelo leva em consideração duas posturas de aprendizagem: a passiva e a ativa.
Quando o estudante se encontra em posição passiva em relação à aprendizagem, como em uma aula expositiva ou escutando uma explicação, a retenção do conhecimento é menor.
Já quando o aluno assume um papel ativo em relação ao próprio aprendizado, como através de debates, atividades práticas ou ao ensinar alguém, a possibilidade de absorver o conteúdo aumenta consideravelmente.
Quem inventou a pirâmide da aprendizagem?
A origem da pirâmide de aprendizagem é controversa, pois ela passou por diversas adaptações desde as primeiras citações sobre o conceito até a forma como a conhecemos.
A primeira vez que a teoria foi aplicada foi através do professor norte-americadno Edgar Dale, em 1946. Originalmente conhecida como “cone da experiência”, ela apresentava diversas atividades relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem.
O objetivo da pesquisa era demonstrar que o ensino tradicional através da leitura e da escrita não eram os únicos responsáveis pela aprendizagem e que existiam formas mais eficientes de ensinar.
A criação da pirâmide da aprendizagem, como conhecemos hoje, é atribuída ao psiquiatra norte-americano William Glasser (1925-2013), que desenvolveu diversos estudos relacionados à saúde mental e ao comportamento humano.
Em Teoria da Escolha, um de seus livros mais conhecidos, Glasser defende a ideia de que as pessoas devem assumir o controle de suas ações.
Aplicada à educação, a teoria defende que o professor seja um guia para os alunos e não um “chefe”.
O objetivo do pesquisador é que, através de uma postura ativa em relação ao próprio aprendizado, as pessoas se tornem mais críticas, participantes e protagonistas.
Como funciona a pirâmide de aprendizagem?
A pirâmide da aprendizagem organiza, de forma visual, quais são as atividades responsáveis pela forma como nós absorvemos o conhecimento, em camadas que variam de acordo com a sua capacidade de retenção.
As principais representações da pirâmide atribuem os seguintes valores para cada atividade:
- 10% quando o aluno lê;
- 20% quando o aluno escuta;
- 30% quando o aluno observa;
- 50% quando o aluno observa e escuta;
- 70% quando o aluno interage ;
- 80% quando o aluno realiza atividades práticas;
- 95% quando o aluno ensina aos seus pares.
No entanto, é importante observar que atualmente alguns cientistas discordam das porcentagens utilizadas na pirâmide, alegando que elas não representam um dado exato.
Para eles, atribuir porcentagens de eficiência de aprendizagem para determinados grupos de atividades foge do objetivo inicial do projeto, que era mostrar a diferença entre os métodos passivos e ativos no consumo do conteúdo.
Por isso, cada nível de aprendizagem deve ser personalizado de acordo com o desenvolvimento dos estudantes. A interpretação sobre as atividades não deve indicar que determinado modelo é melhor ou pior que outro, ou que um seja mais difícil que outro. Eles devem ser adaptados de modo mais adequado para cada estudante.
Qual é a relação entre a pirâmide de aprendizagem e as metodologias ativas?
Se você conhece as metodologias ativas da aprendizagem deve ter encontrado grandes semelhanças com o conceito utilizado na pirâmide de aprendizagem. De fato, os dois conceitos são complementares e se reforçam mutuamente.
As metodologias ativas de aprendizagem utilizam a abordagem na qual o aluno assume um papel de protagonismo do seu aprendizado e o estimulam a buscar novas formas de assimilar o conhecimento da aula.
Assim, os estudantes aprendem mais porque participam do processo, ativando as camadas mais profundas da pirâmide de aprendizagem.
Como as metodologias ativas favorecem o aprendizado?
As metodologias ativas incentivam o cérebro a ativar redes cognitivas e sensoriais, processando e armazenando com mais eficiência o conhecimento.
Em atividades que estimulam o debate, estudos de casos e reflexões, as metodologias ativas melhoram o relacionamento interpessoal dos alunos e a capacidade de expressão.
As vantagens que a abordagem educacional traz para o aluno e escolas são inúmeras. Confira alguns dos benefícios para os estudantes.
- Maior retenção de conhecimento;
- Estimula ao pensamento crítico;
- Motivação para aprender;
- Melhora do engajamento na aula;
- Desenvolvimento da autoconfiança;
- Resolução simplificada de problemas.
A aprendizagem ativa também é um meio para que a escola acompanhe o desenvolvimento individual dos alunos. Através de dados coletados em atividades práticas,os professores podem identificar as necessidades dos alunos e propor aulas e exercícios personalizados.
Como a proposta das metodologias ativas demanda que o aluno passe mais tempo aprendendo sozinho ou com os colegas, ferramentas de tutoria online, como o TutorMundi, se tornam um importante aliado do processo de ensino-aprendizagem.
Através de ferramentas digitais, a tutoria online coloca o aluno em contato com professores e tutores a qualquer hora, prontos para solucionar as dúvidas assim que elas aparecem.
Com o auxílio de tutores especialistas e se valendo dos benefícios do aprendizado síncrono ou assíncrono, a tutoria online melhora o desenvolvimento dos estudantes, através de um atendimento individual e personalizado.
Dúvidas geralmente representam barreiras cognitivas importantes e podem travar o aprendizado, por isso, é crucial que o aluno possua uma ferramenta que o ajude. Com a tutoria online, o estudante consegue aprender com mais eficácia e velocidade.
Conclusão
A teoria da pirâmide da aprendizagem estimulou o desenvolvimento de novas pesquisas para aprimorar as metodologias ativas nas instituições de ensino.
Hoje, as escolas têm ao seu alcance inúmeras formas de alavancar o aprendizado e oferecer meios para que o aluno aprenda e devem usar metodologias ativas para isso.
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Referências
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos18/8926111.pdf
https://www.researchgate.net/publication/285798853_A_rebuttal_of_NTL_Institute’s_learning_pyramid