Educação integral é um termo que é marcado como um dos compromissos da BNCC. Entretanto, afinal, o que quer dizer educação integral para a BNCC? Quais seus princípios? É a mesma coisa que jornada integral?
Descubra a resposta para essas e outras perguntas neste artigo! Boa leitura.

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O que é educação integral para a BNCC?

A educação integral na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) é um conceito que visa a formação integral do estudante, ou seja, o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas, socioemocionais, físicas e culturais, sem deixar uma ou outra de lado.

Isso quer dizer que, por exemplo, a formação socioemocional do aluno não deve ser negligenciada enquanto a formação cognitiva é exaltada.

Dessa forma, a “educação bancária”, conteudista, é colocada de lado para que essa aprendizagem do aluno como um todo aconteça.

Esse conceito está presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que estabelece as diretrizes para a educação básica no Brasil e pode ser consultado aqui.

“a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. “

Essa abordagem tem como objetivo desenvolver a capacidade dos estudantes de aprender a trabalhar em equipe, assumir responsabilidades e lidar com situações novas e desafiadoras.

Assim, o estudante é de fato preparado para lidar com os desafios do mundo moderno, em que todas essas coisas são importantes e não mais apenas o conhecimento.

Competências gerais da BNCC e a formação integral

Para a BNCC, as 10 competências gerais que devem ser trabalhadas durante todo o ensino também estão ligadas à formação integral, uma vez que desenvolvem várias áreas e o conhecimento é apenas uma delas.

São trabalhadas:

  • Conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo e senso estético;
  • Autonomia, autogestão, autoconhecimento, empatia e cooperação;
  • Comunicação, argumentação e cultura digital.

Perceba que são trabalhados vários aspectos do ser, o cognitivo, o emocional e o social.

Trabalhar o ensino integral é trabalhar todas as competências gerais da BNCC

Educação integral e ensino em tempo integral

É importante explicar este conceito para que não haja confusão: educação integral não implica tempo integral. Pode haver educação integral em tempo integral, mas isso não é obrigatório.

Período integral é a ampliação do tempo de permanência do estudante na escola.

Por outro lado, a Educação Integral busca promover uma educação de qualidade e integral para todos os estudantes, independentemente do tempo em que permanecem na escola.

Assim, uma escola pode fornecer uma formação integral sem necessariamente ter tempo integral na escola e a BNCC aborda mais a educação integral do que educação em tempo integral.

Mesmo porque várias atividades podem ser realizadas de casa, como em um portal AVA, sem prejudicar o ensino das crianças. 

Entretanto, o ensino em período integral pode ser vantajoso para aplicar a formação integral pois permite que mais atividades sejam realizadas, como esportes, oficinas e atividades recreativas.

Quais os princípios da educação integral?

De acordo com a BNCC, a educação integral tem alguns princípios para ser aplicada por todas as instituições de ensino. São eles:

O aluno como sujeito da aprendizagem

Educação integral para a BNCC envolve, primeiramente, o reconhecimento do aluno como um sujeito participante na aprendizagem.

Ou seja, o estudante não é meramente um espectador, não é somente alguém em que o conhecimento é desejado, mas ele também faz parte do processo de ensino-aprendizagem.

Outro termo conhecido para isso é colocar “o aluno como protagonista”, tornando-o o centro da aprendizagem.

Respeito às diferenças e à diversidade

Para a BNCC, o respeito às diferenças e à diversidade é um aspecto fundamental da Educação Integral.

Esse respeito às diferenças para a BNCC não é só na parte de ensinar o aluno a ter essa mentalidade respeitosa, mas também o próprio sistema de ensino ter esse respeito.

Em outras palavras, que o material didático, os professores e o sistema de ensino como um todo respeitem o contexto do estudante.

Isso significa que a escola deve reconhecer e valorizar as diferentes culturas, identidades, orientações sexuais, religiões, habilidades e necessidades dos estudantes. 

Portanto, a escola deve promover um ambiente inclusivo e acolhedor, em que todos os estudantes se sintam respeitados e valorizados. 

Além disso, a BNCC destaca a importância de abordar questões relacionadas à diversidade e à igualdade de gênero nos diferentes componentes curriculares, a fim de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e democrática.

Cognitivo e afetivo

Para ser uma educação integral, o cognitivo não pode ser a única preocupação da escola.

Por isso, para a BNCC, um dos princípios da educação integral é a valorização também da parte afetiva do aluno, ou seja, do socioemocional.

Dessa forma, ambos os aspectos devem ser trabalhados para que de fato haja uma formação integral do estudante.

Complexidade do desenvolvimento

Compreender a complexidade do desenvolvimento envolve, primeiramente, entender que há muitos fatores que influenciam no desenvolvimento do aluno, tais como:

  • A relação familiar;
  • A Saúde do estudante;
  • O quanto ele se sente acolhido na escola;
  • As suas motivações;
  • O trabalho docente;
  • Sua alimentação e mais.

Esse princípio reconhece que o desenvolvimento dos estudantes é um processo complexo e multidimensional, que envolve aspectos cognitivos, socioemocionais, físicos e culturais.

Dessa forma, não há uma única fórmula que funcione para todos os alunos, uma vez que há uma complexidade gigantesca nos fatores que influenciam o desenvolvimento.

Além disso, esse princípio reconhece que os estudantes têm ritmos e processos de aprendizagem diferentes, e que é preciso considerar essas diferenças na elaboração de estratégias pedagógicas.

Adaptação ao mundo moderno

Outro princípio importante é o motivo da atualização da BNCC, a constante necessidade de transformar a educação em algo que seja relevante para o estudante do mundo atual.

Ou seja, a educação não só precisa alcançar este aluno, mas também prepará-lo para enfrentar o mercado de trabalho e o mundo do século XXI.

Por isso há a preocupação com todos os aspectos do ser além do cognitivo, já que, cada vez mais, a sociedade exige que as pessoas tenham boa relação com os demais, tenham bom controle das emoções e repertório sociocultural.

“No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto histórico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, participativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável requer muito mais do que o acúmulo de informações.”

BNCC, pg. 14

Portanto, trabalhar a educação integral envolve aplicar todos estes princípios na escola como um todo. Veja como mais adiante.

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Como trabalhar a educação integral BNCC?

Segundo a BNCC, para se trabalhar a Educação Integral, deve-se considerar as diferentes realidades dos estudantes, levando em conta suas características pessoais, culturais, socioeconômicas e territoriais. 

De certa forma, deve haver uma personalização do ensino, já que tudo deve ser voltado à realidade do estudante.

Isso implica em uma abordagem que valorize a diversidade e que busque promover a equidade, ou seja, garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade.

Para trabalhar a educação integral de acordo com a BNCC, a escola precisa adaptar seu currículo aos princípios apresentados acima.

Mas como fazer isso?

1. Inclusão desses princípios no Projeto Político Pedagógico da escola

O primeiro passo é incluir os ideais da educação integral no Projeto Político Pedagógico da instituição, pois é este documento que norteia todas as ações da escola.

Para isso, é necessário considerar os seguintes passos:

  1. Estabelecer as diretrizes da Educação Integral na escola: é importante que a escola defina o que entende por Educação Integral segundo a BNCC e quais são os princípios que irá adotar para promover a formação integral do estudante.
  2. Identificar as necessidades dos estudantes: é fundamental que a escola conheça as características e necessidades dos seus alunos. Assim, ações mais assertivas poderão ser realizadas.
  3. Integrar as diferentes áreas do conhecimento: para promover a formação integral do estudante, é necessário integrar as diferentes áreas do conhecimento, de forma a permitir que os estudantes desenvolvam habilidades cognitivas, socioemocionais, físicas e culturais. Por exemplo, incluir uma aula de socioemocional ou contratar um psicólogo para atuar na escola podem ser bons começos.
  4. Valorizar a diversidade: a escola deve reconhecer e valorizar as diferentes culturas, identidades, orientações sexuais, religiões, habilidades e necessidades dos estudantes, e buscar promover um ambiente inclusivo e acolhedor, em que todos os estudantes se sintam respeitados e valorizados.
  5. Promover a equidade: a escola deve buscar promover a equidade, garantindo que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade, independentemente de suas características pessoais, culturais, socioeconômicas e territoriais. Isso envolve, por exemplo, acompanhar os alunos bolsistas para verificar se eles têm tudo o que precisam para estudar com dignidade.
  6. Avaliar e ajustar as estratégias pedagógicas: é fundamental avaliar regularmente as estratégias pedagógicas adotadas, identificando os pontos fortes e os pontos fracos, e ajustando-as focando em uma educação integral.

Em resumo, incluir os princípios da Educação Integral no projeto político pedagógico da escola implica em uma abordagem que valorize a formação integral do estudante.

2. Formação continuada para professores

A formação continuada dos professores é fundamental para que a Educação Integral possa ser de fato aplicada na escola. 

Isso porque a abordagem da Educação Integral exige uma mudança de paradigma em relação ao ensino tradicional, que muitas vezes se concentra apenas no desenvolvimento cognitivo dos 

Além disso, a formação continuada é fundamental para que os professores possam se atualizar em relação às novas tecnologias e metodologias de ensino, como as metodologias ativas de aprendizagem.

Dessa forma, estarão mais preparados para lidar com os desafios da educação do século XXI.

3. Ajustar as estratégias pedagógicas

Com os dois passos anteriores realizados, será mais fácil fazer as mudanças necessárias para a aplicação de uma educação integral. Elas podem envolver:

  • Inclusão de mais matérias na grade;
  • Contratação de profissionais de saúde mental;
  • Utilização de aplicativos de educação que trabalhem diferentes aspectos da jornada do aluno;
  • Aplicação de metodologias ativas de aprendizagem;
  • Alterações nos modelos de sala de aula;
  • Ampliação da infraestrutura escolar;
  • Fornecimento de atividades no contraturno e mais.

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Esses ajustes deverão ser feitos conforme os objetivos e necessidades da escola.

TutorMundi: uma ferramenta para auxiliar na formação integral

O TutorMundi é um dos aplicativos que podem contribuir com a formação integral dos alunos. Ele é um aplicativo de monitoria escolar em que os alunos têm acesso a monitores na hora, sem a necessidade de agendamento, direto do celular.

Os monitores são alunos das melhores universidades do Brasil e passam por um rigoroso processo seletivo que envolve avaliação de currículo, treinamento pedagógico e prova técnica.

Nisso, eles aprendem a respeitar a diversidade e estimular o aluno em seu desenvolvimento, ou seja, eles não dão respostas prontas, mas ajudam o estudante na construção do conhecimento.

Imagem mostrando o passo a passo para enviar uma dúvida na startup de educação tutormundi: 1. o estudante escolhe a matéria 2. Ele seleciona um tutor 3. Envia a dúvida por texto ou imagem 4. em instantes a monitoria começa

Assim, além do desenvolvimento cognitivo, os estudantes também:

  • Aprendem a aprender, pois há a matéria de orientação de estudos em que os tutores dão dicas de estudo aos alunos e os ajudam na elaboração de cronogramas diários, semanais, mensais e mais.
  • Lidam com a diversidade, já que há monitores de todo o Brasil que têm crenças, idades, ideais.
  • Têm um ensino personalizado, uma vez que o tutor vai ensiná-lo da forma que for mais efetiva, do modo que o aluno pedir e no ritmo solicitado. É sempre o aluno que encerra a monitoria, apenas após tirar todas as dúvidas que quiser.
  • Aprendem de forma contextualizada, porque os tutores vão usar elementos da realidade do estudante na explicação. Além disso, ele estuda direto do celular. 
  • São protagonistas do seu processo de aprendizagem, visto que são eles que escolhem o momento de estudar, eles elaboram e postam a dúvida e conduzem o atendimento.

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Conclusão

A educação integral é, sem dúvidas, muito relevante para o ensino atual e deve ser aplicada em todas as escolas.

Para isso, a monitoria escolar faz toda a diferença! Descubra o efeito da monitoria na escola em nossa pesquisa completa.

Fontes

BNCC

Relatório Analítico BNCC