Ensinar a nova geração é um desafio cada vez maior para os professores. Diversas dificuldades de aprendizagem tem aparecido devido à diferença entre gerações.
Neste artigo, vamos apresentar o que significa o conceito nativos digitais e como é possível melhorar a aprendizagem deles.
Boa leitura!
O que é nativo digital?
Os nativos digitais são os estudantes da geração atual, desde o maternal até o médio. É possível nomeá-los também como geração 0.
Tal conceito indica que os alunos dessa era são extremamente ambientados com a tecnologia, incluindo jogos, vídeos e interações sociais através do meio digital.
Essa relação com os recursos tecnológicos os caracteriza como mais imediatistas, isto é, os estudantes esperam encontrar o que precisam exatamente no momento em que necessitam.
Então, se o jovem tem interesse em um assunto relacionado à matéria mencionada pelo professor, ele quer saber prontamente, não quer esperar outra aula ou chegar em casa para poder pesquisar.
Logo, se suas expectativas não são supridas no momento, ele fica desinteressado ou com dificuldade de foco e absorção do conteúdo.
Por isso, um software educacional de tutoria online que tire as dúvidas do aluno na hora é uma excelente forma de trabalhar com estes alunos.
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O dinamismo do mundo digital
Além disso, o ambiente é diferente, pois em casa, nos jogos ou nas redes sociais ele é ativo, é o principal personagem, escolhe o que deseja fazer, ouvir, ler ou assistir.
Nos games, o jogador monta a própria estratégia e toma suas próprias decisões, mas ao chegar na escola precisa ficar sentado por horas, em situação majoritariamente passiva, apenas prestando atenção a um professor que dificilmente sabe usar ou possui recursos digitais disponíveis para a utilização em sala de aula.
Como a sociedade influencia os nativos digitais
Nos aspectos sociais, entende-se que a educação é um processo cultural e, portanto, não está restrita ao espaço da sala de aula.
Uma vez que “não existe prática educativa sem sociedade e nem sociedade sem prática educativa”2, é notório que todo o ambiente influencia na educação do aluno.
Por isso, esse fato favorece a crescente de desafios para o trabalho do professor, já que o estudante traz consigo toda uma bagagem externa que afeta o aprendizado e comportamento em sala de aula.
Diferenças na aprendizagem
As existentes desigualdades sociais e culturais contribuem para que a sala de aula seja um lugar pluralizado, tornando a docência ainda mais árdua.
Outro problema é que os nativos digitais aprendem de formas diferentes, uns são mais visuais enquanto outros são sinestésicos, por exemplo, então a menos que o professor consiga se multiplicar para atender a cada um individualmente, o ensino ficará deficitário.
Então, uma alternativa para amenizar tal problemática é a implementação do ensino personalizado.
O uso das metodologias ativas
Com o reconhecimento dessa pluralidade de estudantes, o uso de metodologias centradas no aluno é necessário para que, assim, o processo de ensino seja mais eficaz.
Isso pode ser facilitado especialmente com as metodologias ativas, como:
- sala de aula invertida;
- ensino baseado em problemas (PBL);
- problematização de conteúdos;
- gamificação.
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Nessas metodologias, os alunos vivenciam uma experiência de ensino mais próxima do que eles estão acostumados, já que são nativos digitais.
Além dessas, há o ensino híbrido, técnica que alia recursos tecnológicos complementando o ensino dentro e fora da sala de aula.
Com esses auxílios, o aluno pode ter mais autonomia e capacidade de direcionar seu foco para as dúvidas ou até mesmo para entender bases que ele ainda não compreenda.
Esses métodos combinados aliviam a carga de trabalho e demanda do professor, permitindo que ele possa direcionar um atendimento mais individualizado aos seus estudantes.
Do texto para o visual
Outro fator sociológico interessante é como a mudança de gerações também afeta a maneira com a qual as pessoas absorvem as informações. Por muito tempo a fala foi a principal forma de comunicação, as famílias passavam seus valores e princípios através da tradição.
Porém, após a invenção da imprensa, a escrita passou a ser esse meio principal, pois tudo precisava ser escrito e a leitura era a melhor forma de se informar e aprender.
Mais recentemente, com a chegada da televisão, internet e jogos, o visual passou a ser a forma principal de comunicação, incluindo para os nativos digitais.
Com essa lógica, para que o processo de ensinar alcance essa nova geração de alunos, precisamos tornar a informação e o ensino mais visuais.
Dificuldades estruturais
Outra coisa que dificulta o ensino dos nativos digitais são as próprias dificuldades do sistema.
Muitos alunos por turma
Por outro lado, sob o aspecto governamental, o Ministério da Educação (MEC) permite muitos alunos por classe, o que dificulta um ensino eficaz.
A melhor estratégia seria um atendimento mais individualizado porém, com quarenta alunos em sala, isso se complica em apenas uma ou duas horas de aula semanais.
Além disso, a escola raramente está equipada de maneira adequada com os ideais recursos tecnológicos e digitais para que o docente realize um trabalho diferenciado. Desse modo, torna-se inviável um ensino eficiente com turmas tão cheias e infraestrutura precária.
Rígido calendário escolar
Outro obstáculo é a quantidade de conteúdo e o calendário escolar, já que a educação no país é focada em vestibulares.
Desse modo, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe que cada série escolar aprenda um número de conteúdos, entretanto, como cada aluno e turma tem o seu ritmo, cumprir o calendário é desafiador, o que acaba gerando um ensino “bancário”.
Assim, o docente acaba tendo que “depositar” os conteúdos nos alunos, sem dinamizá-los ou ligá-los com a realidade, afinal, não há tempo para isso! Consequentemente, o ensino fica maçante para os alunos, que muitas vezes tem aversão à escola.
Já que o calendário escolar deve ser cumprido a qualquer custo, as aulas não podem parar caso alguns desses não tenham compreendido o conteúdo.
Como atender os nativos digitais no Brasil
Contudo, não basta apenas aguardar essas atitudes exteriores, a escola precisa se reinventar e adaptar para conseguir lidar com essa geração de nativos digitais.
É automático pensar que para isso seria necessário muito investimento em tecnologia. Porém, para algumas dessas práticas, como a sala de aula invertida, não é necessário que a escola tenha um grande aporte tecnológico.
Entretanto, é importante que professores e gestores priorizem o aprendizado. Uma forma interessante de fazer isso é através da monitoria online, veja como clicando aqui!
Fontes
LIBANEO, José Carlos. Didática. São Paulo, SP: Editora Cortez, 2017.
MATTAR, João. Games em Educação: Como os nativos digitais aprendem. São Paulo, SP: Pearson, 2010.
Estilos de aprendizagem: um estudo comparativo
GATTI, Bernardete A.. Formação de professores: condições e problemas atuais. Revista Internacional de Formação de Professores, [S.l.], p. 161-171, mai. 2016. ISSN 2447-8288.
RIBEIRO, João Lucas et al. A importância da didática na formação docente. Goiânia, GO: ELICPIBID 4° edição.