Nos anos 1980, o pesquisador da educação Benjamin Bloom fez uma descoberta impressionante, batizada posteriormente de problema de 2 sigma de Bloom.

Ao examinar a performance de estudantes sob diferentes técnicas de ensino e aprendizado, Bloom identificou que estudantes medianos que aprendiam com apoio individual de um professor tinham resultados até 98% melhores que os que aprendiam no modelo tradicional.

Mas porque essa descoberta foi tratada como um problema? O pesquisador entendeu que, para oferecer um ensino com máximo desempenho, seria muito caro fornecer um professor para cada aluno.

Quase 40 anos após sua descoberta, o problema de 2 sigma de Bloom está mais perto de encontrar uma solução. Com a aproximação entre tecnologia e aprendizagem, novos caminhos se formam em direção ao ensino personalizado.

Neste artigo, vamos saber quem foi Benjamin Bloom, entender mais profundamente o que é o problema de 2 sigma de Bloom e quais as estratégias para potencializar o aprendizado dos estudantes através da tecnologia.

Quem foi Benjamin Bloom?

Benjamin Bloom (1913-1999) foi um psicólogo e pesquisador da educação norte-americano que deixou um grande legado para as teorias da aprendizagem.

A partir de uma perspectiva psicológica, Bloom desenvolveu pesquisas que exploravam, entre outros aspectos, os impactos cognitivos, emocionais e psicomotores na aprendizagem, servindo de inspiração para psicólogos e pedagogos em todo o mundo.

A visão de Bloom sobre educação teve uma forte influência no campo da psicologia educacional. Suas ideias mais difundidas estão no campo da aprendizagem por domínio, o desenvolvimento cognitivo e o trabalho que levou seu nome, a taxonomia de Bloom.

  • problema de 2 sigma
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O que é a taxonomia de Bloom?

Também conhecida como taxonomia dos objetivos educacionais, a taxonomia de Bloom é baseada em um conjunto de três modelos, que classificam os objetivos de aprendizado nos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor.

Criada em 1956, a taxonomia de Bloom apresenta uma hierarquia dentro dos processos, ou seja, cada conjunto traz níveis de complexidade e especificidade maiores que o anterior.

Representados através de verbos, os objetivos educacionais passaram por diversas revisões nos últimos anos, ganhando novas características com a massificação da tecnologia na aprendizagem.

Para compreender o que é a Taxonomia de Bloom e como ela funciona, confira nosso artigo completo sobre o tema.

O que é o problema de 2 sigma de Bloom?

Descoberto em 1984, o problema de 2 sigma de Bloom propõe uma abordagem educacional que pode melhorar o desempenho de um grupo de estudantes.

A pesquisa concluiu que, em uma sala de aula convencional, a média de desempenho dos alunos não apresentava grandes níveis de dispersão, representada graficamente por um desvio-padrão (identificado pela letra grega sigma σ).

Para entender melhor, veja o gráfico 1.

A curva representa o desvio-padrão de resultados em uma sala de aula tradicional.

A maioria dos alunos está no centro da curva, enquanto poucos alunos têm ótimo desempenho e outros poucos têm péssimo desempenho.

gráfico problema de 2 sigma de Bloom

Porém, ao introduzir o aprendizado por domínio e a tutoria individual, o desempenho dos estudantes melhorava em até 98%, deslocando a curva para a direita.

O gráfico 2 representa os resultados obtidos em uma turma usando a técnica descoberta por Bloom. A maioria dos alunos tem resultados acima da média.

gráfico problema de 2 sigma de bloom

Esse resultado é obtido através da combinação de duas abordagens educacionais estudadas por Bloom: a aprendizagem por domínio e a tutoria individual.

O que é aprendizagem por domínio?

Na aprendizagem por domínio, cada estudante deve levar o tempo necessário para aprender o conteúdo das disciplinas. Individualmente, o aluno avança à medida em que atinge o domínio sobre um tópico.

Mesmo que um estudante demore mais que os outros para compreender totalmente o assunto, ele deve estudar no seu próprio ritmo.

Diferentemente de contextos de sala de aula tradicional, o ensino acontece de forma personalizada, dando espaço para que alunos com diferentes taxas de aprendizagem e necessidades individuais se desenvolvam igualmente.

Como funciona a tutoria individual?

Na tutoria individual, o aluno é guiado por um tutor pessoal, que orienta o seu aprendizado com sugestões, exercícios personalizados e resolução de dúvidas.

Com o auxílio de um tutor, o estudante pode desenvolver suas habilidades no próprio ritmo, respeitando a individualidade de cada um.

Apesar do alto índice de desempenho observado por Bloom, o uso de sua técnica de aprendizagem e ensino é baixo. E os motivos não são difíceis de entender.

A abordagem de Bloom demanda muito mais tempo e recursos financeiros das escolas, que precisam contratar um quadro de tutores para atender os estudantes.

Além disso, investir na formação dos docentes para atuar com a aprendizagem por domínio.

A maioria das salas de aula tradicionais dependem de que os estudantes tenham um mesmo ritmo de aprendizagem, como o observado na curva do gráfico 1: enquanto alguns alunos se destacam, outros não conseguem aprender e a maioria permanece na média.

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Como resolver o problema de 2 sigma de Bloom?

A descoberta de Benjamin Bloom depende da combinação de duas técnicas de aprendizagem, o domínio e a tutoria, para melhorar o desempenho.

Logo, a chave para melhores resultados está no ensino personalizado.

Atualmente, as tecnologias utilizadas na educação permitem elevar o nível de personalização de ensino a níveis nunca antes vistos.

Além de oferecer ferramentas digitais adequadas para cada aluno, as tecnologias também permitem mensurar dados sobre desempenho, avaliar os resultados e propor melhorias no processo de ensino aprendizagem.

Estratégias utilizadas no ensino híbrido, como a sala de aula invertida, permitem que o estudante tenha mais tempo para absorver o conteúdo.

Dessa forma, o espaço da sala de aula fica reservado para desenvolver objetivos de aprendizagem de níveis mais elevados.

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Com mais tempo para aprender e com as ferramentas adequadas para absorver o conteúdo, os estudantes atingem o domínio do conteúdo individualmente.

Então a tutoria e os momentos presenciais contribuem para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional.

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Como a tutoria online ajuda a resolver o problema de 2 sigma de Bloom?

Enquanto o acompanhamento individual ainda é um desafio para a maioria das escolas, ferramentas de tutoria online podem contribuir para reduzir o déficit de aprendizagem com o atendimento individualizado.

Com o suporte tecnológico, a tutoria online coloca o aluno em contato com professores e tutores em qualquer lugar do mundo, prontos para solucionar as dúvidas na hora que elas aparecem.

Imagem mostrando o passo a passo para enviar uma dúvida no TutorMundi: 1. o estudante escolhe a matéria 2. Ele seleciona um tutor 3. Envia a dúvida por texto ou imagem 4. em instantes a monitoria começa
Essa monitoria personalizada é utilizada com o problema de 2 sigma de bloom

Aprendendo com o auxílio de tutores especialistas no assunto, a tutoria online permite deslocar a curva de desempenho dos estudantes de forma individual e personalizada.

Durante a pandemia, investir em ferramentas digitais eficientes foi o diferencial que muitas escolas encontraram para reduzir o déficit de aprendizagem.

Mas sua eficiência vai além do período da pandemia, pois é extremamente eficaz em todo momento.

No Rio de Janeiro, o Colégio Fator apostou no TutorMundi, como ferramenta de aprendizado para os estudantes e o resultado foi animador.

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Conclusão

Portanto, as descobertas de Benjamin Bloom nos anos 1980 acenderam uma luz verde para aprimorar a tutoria na educação.

Hoje, mais de 30 anos após o problema de 2 sigma de Bloom surgir, temos ao nosso alcance diversas ferramentas que melhoram o aprendizado.

A tutoria online ajuda a aumentar o desempenho dos alunos através de um fator fundamental: o contato individualizado e o acompanhamento constante.

Se a sua escola ainda não pode oferecer um professor para cada aluno, experimente o TutorMundi gratuitamente!

Fontes

The 2 Sigma Problem: The Search for Methods of Group Instruction as Effective as One-to-One Tutoring

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