Para garantir a qualidade do ensino, as escolas devem revisar as metodologias usadas para avaliar os alunos.
O ponto chave dessa revisão e atualização de processos está fundamentado na avaliação diagnóstica.
Confira no nosso texto o que é e como se beneficiar desse recurso na sua escola.
Como surgiu a avaliação diagnóstica?
A ideia de avaliação diagnóstica surgiu quando as escolas públicas decidiram eliminar a necessidade de repetência no ensino fundamental com a progressão continuada.
A progressão foi implantada de acordo com as recomendações contidas na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996.
Para entender o impacto da criação dessa avaliação é importante entender outros modelos como as avaliações somativas e formativas.
Avaliações Somativas
Avaliações Somativas são aquelas que avaliam a aprendizagem dos alunos no término de determinado período.
Geralmente elas decidem o destino dos alunos na sua evolução do conhecimento escolar, se vão avançar de série ou repeti-la.
As avaliações somativas são guiadas pela aprovação por meio de notas. Veja abaixo um exemplo:
Avaliações Formativas
São aquelas que promovem retorno mais rápidos para os alunos, sobre pontos que eles precisam melhorar.
Veja um exemplo abaixo de avaliação formativa:
Avaliação formativa
Avaliações Diagnósticas
Já as avaliações diagnósticas contribuem para o conhecimento dos alunos promovendo a aprendizagem por meio da análise da adequação entre o programa de ensino e os conhecimentos dos alunos.
É comum que elas sejam aplicadas no início do ano, para que o professor tenha tempo de planejar e adaptar o seu plano de aula as necessidades da sua turma.
Veja um exemplo abaixo de avaliação diagnóstica:
Avaliação diagnóstica
Veja no quadro abaixo como cada uma das avaliações se diferenciam entre si sobre o que representam, quando ocorrem, para que servem e para quem servem:
Fonte: Ana Rita de Souza – SESI – Quadro comparativo de tipos de avaliações escolares.
Como posso aplicar a avaliação diagnóstica?
Pela avaliação diagnóstica é possível avaliar o método de ensino, competências, e habilidades de uma forma mais rica e analítica.
Outros sistemas valorizam mais a nota alcançada no fim do bimestre/trimestre/ano letivo do aluno e isso pode prejudicar a evolução do aprendizado.
No planejamento dos métodos avaliativos deve se levar em conta como cada objetivo será acompanhado.
Alguns serão realizados por meio de prova; outros, por meio de um projeto interdisciplinar; outros, por meio de uma apresentação oral, etc.
A partir da necessidade apresentada pelos alunos é possível montar um mapa de prova, que pode ser agrupado pelas habilidades e conteúdos específicos. Isso permite que as necessidades dos alunos sejam vistas.
Veja abaixo um exemplo de mapa de prova:
Mapa de prova – Fonte: Primeira Escolha
Dessa forma os alunos podem ser agrupados de acordo com suas principais dificuldades. Além disso há a possibilidade de um trabalho mais individualizado com tais grupos, e também, permitir um retorno personalizado a cada aluno.
Como colocar em prática?
Existem várias formas de aplicar as avaliações diagnósticas e colocá-las em prática na sua instituição de ensino.
Debates
Os debates representam uma forma bem interessante dos alunos aplicarem o conhecimento adquirido com as próprias palavras, experiências e vivências.
Além disso é uma forma dos alunos praticarem o valor da empatia, do saber ouvir, respeito e paciência com a opinião do outro.
Saiba mais >> Como a aprendizagem baseada em problemas auxilia na construção de empatia
Redações
Desde a etapa de alfabetização, os alunos são estimulados a produzirem conteúdos escritos que ajudam no aprendizado de regras gramaticais, vocabulário e níveis de escrita.
Promover a constante produção de redações na sua escola pode ajudar a identificar possíveis lacunas a serem preenchidas com aulas mais personalizadas.
Tecnologia educacional na sala de aula
A adição de tecnologias educacionais na educação passou a ser uma necessidade urgente. O ensino híbrido não é apenas um caminho alternativo no ensino, é uma urgência.
Existem inúmeras ferramentas que apoiam a análise e atuação em uma avaliação diagnóstica. Por meio elas é possível saber quantas dúvidas os alunos tiveram em cada matéria, quantas horas foram estudadas e quais subtópicos geram maior dificuldade.
Conclusão
O papel da avaliação diagnóstica é acima de tudo dar oportunidades para os alunos aprenderem da melhor forma possível de acordo com as suas necessidades.
A identificação dos pontos fortes e fracos dos alunos permite que as escolas possam entregar ações pedagógicas que vão beneficiar não somente os estudantes, mas a instituição de ensino como um todo.