Essa competência avalia a coesão do texto. Para o Enem, nela é focada apenas a questão dos conectivos (embora, normalmente, períodos longos, por exemplo, também seriam contabilizados na questão de coesão). Será avaliado se o uso de conectivos é (1) presente, (2) repetitivo e (3) adequado.
É possível, também, assistir a este vídeo sobre esta competência.
A grade dela é a seguinte:
Como podem observar, é muito importante a presença de elementos coesivos, em especial, operadores argumentativos para que o estudante alcance as notas mais altas.
Entretanto, não adianta simplesmente colocar o elemento coesivo “porque tem que colocar”, pois, um operador inadequado impede o aluno de alcançar a nota máxima na C4.
Para ajudá-los, segue a lista de operadores argumentativos colocada pelo Enem (não é exaustiva):
Os erros mais comuns quanto ao uso inadequado dos elementos de coesão são:
Conectivo | Inadequação |
Onde | Onde deve ser utilizado apenas para lugares físicos ou quando “valor locatício” é empregado, mas colocam para tudo, exemplo: “no passado, onde as pessoas…” |
Portanto | Portanto tem valor conclusivo, mas muitos acabam colocando como se fosse “no entanto” – “As pessoas estão se conscientizando da importância de não acreditar em tudo o que leem nas redes sociais, portanto, ainda são facilmente manipuladas.” |
Ademais | Ele acrescenta uma ideia, adiciona algo, mas muitos colocam como se fosse algo explicativo (como um isso porque), especialmente após o tópico frasal. |
Mesmo | Mesmo não é sinônimo de “ele”, nem mesma para “ela”, mesmos e mesmas para “eles/elas”. Se houver um “mesmo” de forma incorreta no texto, aponte o problema (embora o Enem releve isso). |
Dessa forma, desse modo | Esse é um conectivo conclusivo, mas muitos acabam utilizando como se fosse para aprofundar argumentos (colocam até para começar o D1, mas é uma inadequação). Outros confundem esses termos como se fossem indicativos de MEIO/MODO na proposta de intervenção. |
Outrossim | Mesma coisa do Ademais, alguns utilizam como conclusivo. |
Contudo | Acham que é conectivo conclusivo, mas é adversativo. |
Dessa lista acima, especialmente o MESMO e o ONDE são os que mais aparecem nas redações.
Devido à ideia que “primeiramente não vale como conectivo”, muitos alunos, desesperados, colocam qualquer conectivo do tipo operador argumentativo para começar o D1, o que faz existirem muitas inadequações ali. Exemplos:
Além disso para o D1 é uma inadequação, pois, além disso o quê? É o primeiro desenvolvimento.
Dessa forma também tem aparecido para o D1, mas ele é adequado para a conclusão.
Lembre o estudante que ele precisa de apenas DOIS conectivos interparágrafos, portanto, é melhor deixar o D1 sem nenhum do que colocar um que vai mais prejudicar do que ajudar.
O aluno NÃO precisa colocar conectivos em todas as frases. Melhor é deixar algumas frases sem um operador argumentativo do que enfiar vários e acabar colocando um inadequado.
Repetição #
Sobre a questão da repetição, é preciso pontuar algumas coisas:
O aluno não é proibido de repetir palavras, especialmente se forem: (1) relacionadas à frase temática e (2) Conjunções e preposições como: para, com, como, e.
A repetição de operadores argumentativos é pior do que a mera repetição de palavras.
Uma redação nota 200 pode ter repetição, desde que seja RARA.
Os conectivos mais usados nas nota 1000 #
São os conectivos interparágrafo mais utilizados nas notas 1000:
Desenvolvimento 1 #
Obs: Desses, apenas Diante desse cenário, Nessa perspectiva, Nesse viés, Sob essa análise e Nesse contexto são do tipo “operador argumentativo”, ressaltando que NÃO É PRECISO colocar operador argumentativo no D1 (prova disso são notas 1000 que não colocam).
Desenvolvimento 2 #
Conclusão #
Você pode mostrar ao aluno que ele pode ser SIMPLES E OBJETIVO, ademais no D2 e portanto na conclusão já é o suficiente! Ele não precisa ficar escrevendo frases longas como: “Diante dos problemas apresentados anteriormente”, ou querendo ser diferente.